Corredor que escoa a produção da região Extremo Oeste e de outras regiões do país, a BR-163 – trecho entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira – vem sendo alvo de inúmeras reivindicações ao longo de quase 10 anos. As obras que iniciaram em meados de 2013, foram interrompidas inúmeras vezes e nunca sequer seguiram um fluxo ordenado, deixando para trás um rastro de buracos, trabalhos inacabados e muitos acidentes com vítimas fatais e feridos.
Mais uma vez, frente ao atual cenário, a Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) voltou a fazer um apelo às lideranças estaduais e autoridades do setor. Um ofício assinado pelo presidente da entidade, o prefeito de Princesa, Edilson Miguel Volkweis – em nome dos prefeitos da região – foi elaborado e encaminhado ao Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e ao governador do Estado, Carlos Moisés.
O documento ressalta as dificuldades que a região enfrenta pela precariedade da BR-163, principalmente no trecho entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, devido à paralisação das obras e reforça a necessidade urgente de manutenção da rodovia. “Somos sabedores da eminência de reinicio dos trabalhos de revitalização, porém a manutenção permanente é necessária, devido a precariedade da pista de rolamento e o próprio acostamento e também pelo grande fluxo de veículos e caminhões”, diz o documento.
Todos os dias, mais de sete mil veículos percorrem o trecho e devido à precariedade do asfalto e acostamento, nos últimos sete anos já foram registrados 1.076, sendo 180 em média por ano. “A região Extremo Oeste, a mais distante da capital do Estado, mas é a porta de entrada para o Mercosul, região que liga o sudoesto do Paraná e a grande região do Centro Oeste Brasileiro, a anos aguarda a tão sonhada rodovia que nossa representação social e econômica merece”, menciona o ofício.
Atualmente, o Extremo Oeste região tem uma produção agropecuária destacada em Santa Catarina. Na produção de leite, tem mais de 200 mil vacas e uma produção mensal de mais de 60 milhões de litros de leite, correspondendo a mais de 22% da produção estadual. Já na produção de suínos, a produção anual é de mais de 13 milhões de animais, correspondendo a mais de 10% da produção estadual. Ainda, a avicultura também é destaque, com produção anual de mais de 900 milhões de aves ano, correspondendo a 8% da produção estadual.