O prefeito de São José do Cedro e presidente da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc), Plínio de Castro, participou na manhã desta segunda-feira (17) de uma das audiências virtuais regionalizadas, organizada pela Assembleia Legislativa (Alesc), por intermédio da Comissão Especial de Acompanhamento de Gastos. O objetivo é de levantar soluções para as demandas causadas pela pandemia do coronavírus em cada região do Estado.
As audiências contam com a presença dos deputados da Comissão Especial, do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e de forma virtual de prefeitos, representantes de Associações Municipais, do Ministério Público e de entidades ligadas à Saúde. O presidente da Ameosc, Plínio de Castro participou das discussões representando a Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Conforme ele, não estava previsto na programação seu pronunciamento nem como presidente da Associação e nem como membro do Comitê de Crise de Saúde da região. No entanto, por um tempo curto estipulado, Castro falou como representante da Fecam.
“Por três minutos eu devia falar em nome da Fecam. Apenas fiz um encaixe muito rapidamente das nossas pautas da região que haviam sido discutidas com o nosso Colegiado da Saúde, outros profissionais e alguns prefeitos também na semana passada. Portanto, eu considero que a apresentação da pauta ficou prejudicada, o que devemos refazer em momento oportuno”, menciona.
Na semana passada, em nome da Ameosc, o presidente encaminhou ofício ao governador do Estado, Carlos Moisés, ao Secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, bem como a todos os deputados estaduais da região Extremo Oeste, levantando as dificuldades e solicitando demandas em quatro pontos específicos:
*Ampliação da estrutura física do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso (HRTGB): O HRTGB contempla atendimento a 30 municípios da região Extremo Oeste, totalizando aproximadamente 230 mil usuários, o espaço físico é insuficiente para ampliação das especialidades ofertadas.
*Habilitação do serviço de oncologia no Ministério da Saúde – MS: Processo Nº: SES 00022164/2017. Solicitado em 23/05/2017, encontra-se na ADR 04/GERSA/ECA 07/05/2020. Sem a habilitação a produção realizada em oncologia não é reconhecida perante o MS, impactando no repasse de recursos financeiros, já que o MS considera o histórico de atendimento para cálculo do teto do recurso. Muitos pacientes procuram a referência em outro Estado (Paraná), devida agilidade no início do tratamento.
*Implantação de serviços de alta complexidade em ortopedia e neurologia: Além da estruturação do espaço físico para melhor atendimento da demanda já existente, faz-se necessária a implantação deste serviço, pois a referência da região é Chapecó, que já não comporta a demanda da macro região Oeste, causando extrema demora no agendamento da consulta, e, dificultando o tratamento, especialmente quando SE necessita de cirurgias.
*Vocacionar hospitais de menor porte (HPP) para média complexidade, desde a consulta ambulatorial, exames, até as cirurgias eletivas, para descongestionar a demanda do HRTGB, que por sua vez, poderá priorizar o atendimento de alta complexidade. Atualmente, a referência para cirurgias eletivas é apenas o HRTGB, que possui demanda muito elevada de atendimentos de urgências e emergências, impossibilitando a realização de cirurgias eletivas.