Preocupados com os desdobramentos acarretados em todas as áreas com a pandemia do Coronavírus, os prefeitos dos 19 municípios abrangidos pela Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) se reuniram na manhã desta terça-feira (12) para uma assembleia virtual. Entre os assuntos discutidos estiveram a gestão administrativa, orçamentária e claro, as medidas de prevenção e contenção do Coronavírus e a instabilidade econômica imposta pela situação.
Conforme o presidente da Ameosc, o prefeito de São José do Cedro, Plínio de Castro, os gestores municipais estão em alerta e preocupados com o crescimento do número de casos confirmados de coronavírus na região. Castro salienta que os prefeitos não descartam a possibilidade de os municípios voltarem a publicar decretos determinando a suspensão das atividades dos serviços não essenciais.
“Se a demanda de pessoas contaminadas na região continuar crescendo como está, não está descartada a possibilidade de a região novamente ter que cumprir isolamento social das atividades, permanecendo abertas somente as áreas essenciais. Para que isso não ocorra, precisa a conscientização da população, de todas as medidas anunciadas”, menciona.
O presidente reforça sobre a importância da adoção de medidas simples para contenção da circulação do vírus como o isolamento social, a higienização correta das mãos e o uso da máscara. Tudo para evitar medidas mais rigorosas. “Que só saia de casa quem tenha necessidade, no entanto, procure evitar aglomerações em espaços públicos, ruas e ambientes. Precisamos da conscientização da população. A única forma de nós não vermos novamente o comércio e parte das indústrias fechadas na nossa região é a população colaborar, especialmente no isolamento social neste momento”, reforça.
LEITOS DE UTI
Em videoconferência com o então Secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, no final do mês de março, Castro recebeu a confirmação de que o governo tinha um planejamento para ampliação de pelo menos 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, referência na região para o atendimento de pacientes com Covid-19. A implantação dos leitos dependia já naquele momento, segundo Zeferino, da chegada de equipamentos.
Um mês e meio depois, o planejamento continua somente no papel e os leitos ainda não foram instalados, atraso que preocupa os prefeitos da região. “Os prefeitos estão extremamente preocupados com isso até porque nossa infraestrutura de saúde ainda não foi ampliada pelo Estado, como tínhamos a expectativa, da implantação de 18 ou 20 novos leitos vinculados ao hospital regional de São Miguel do Oeste que atende a nossa região. Por esforço do próprio hospital, da sociedade e entidades empresariais o hospital ampliou oito leitos. Isso aumenta muito a nossa preocupação. Ainda não temos uma luz no fim do túnel de quando o Estado vai ampliar esses leitos de UTI’s reivindicados pela região”, argumenta.
OUTROS TEMAS
Os prefeitos da região da Ameosc aproveitaram o momento para discutir a necessidade de uma plataforma na região para trabalhar vinculada a educação, levando em consideração que os municípios estão com aula online.
Outro tema discutido foi a estiagem e o encaminhamento dos decretos de Situação de Emergência pelos municípios, os quais aguardam homologação por parte do Governo Estadual para que seja possível a busca por auxílio a nível federal.
A construção da nova sede da entidade também esteve em pauta e, frente ao atual momento de instabilidade e dificuldade financeira, pode acabar tendo suas próximas etapas prorrogadas.