A Gerência Regional da Epagri de São Miguel do Oeste divulgou nesta quarta-feira (4) um relatório apresentando os investimentos do Governo do Estado no Projeto Microbacias 2, que teve início em 2003. Segundo o secretário regional João Carlos Grando, somente em 2008, nos sete municípios da SDR – Bandeirante, Barra Bonita, Belmonte, Descanso, Guaraciaba, São Miguel do Oeste e Barra Bonita – foram injetados R$ 1,65 milhão e, desde 2003, R$ 6.085.337,27. Grando visitou dois cases que estão mudando a rotina de famílias na região.
O Microbacias 2 é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado de Santa Catarina e Banco Mundial e busca o desenvolvimento sustentável do meio rural do Estado. Desde sua implantação, agricultores familiares, trabalhadores rurais e comunidades indígenas passaram a ver o futuro com mais esperança e otimismo, dando às suas famílias melhores condições de vida e desenvolvimento.
O projeto é considerado inovador devido a participação efetiva das comunidades. O formato do Microbacias 2 é único da América Latina, pois é organizado através de grupos de animação e de associações de desenvolvimento, onde as famílias teem voz ativa e poder de decisão. Jovens, mulheres, homens e idosos definem o plano de melhoria e planejam as propostas de benefícios comunitários, grupais ou individuais.
Através desse modelo, o MB2 comemora índices positivos por todo o Estado de Santa Catarina, mudando a realidade e o futuro do meio rural, aumentando a autoestima, a renda e as condições de vida das comunidades.
Segundo explicou o gerente regional da Epagri de São Miguel do Oeste, João Carlos Biasibetti, no ano de 2008 os recursos do projeto foram priorizados para a linha de apoio na área de renda. "Nos primeiros anos do projeto foram priorizados investimentos nas áreas de melhoria da habitação (reformas de casas) e melhoria ambiental (sistema de águas coletivas e individuais", explicou.
Saiba mais:
Área de atuação
O MB2 é desenvolvido em todo o Estado de Santa Catarina. A priorização dos municípios e das mircrobacias obedece uma classificação que considera dois critérios: o socioeconômico e o ambiental.
Beneficiários
São atendidos, prioritariamente, os pequenos agricultores familiares, empregados rurais e comunidades indígenas.
Grupo de animação
Na prática o trabalho na microbacia começa com a formação do Grupo de Animação. O GAM, como é chamado, é formado por lideranças escolhidas pela comunidade, responsável pela sensibilização e mobilização das famílias na elaboração e implementação participativa do plano de desenvolvimento do MB2.
Associação de Desenvolvimento
Também chamada de "ADM", representa os interesses de todas as famílias da microbacia trabalhada. Para sua legalização a ADM deve contar com a adesão de no mínimo 70% das famílias da microbacia. A constituição da ADM é condição necessária para viabilização de recursos do Plano de Desenvolvimento. A ADM é quem aprova o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Microbacia e as respectivas propostas comunitárias, grupais ou individuais, assumindo a co-responsabilidade na gestão, execução, monitoramento, avaliação e fiscalização das ações.
Plano de Desenvolvimento
É o resultado do processo de planejamento participativo, flexível e contínuo, adaptado à realidade da comunidade. Construído pelas famílias participantes, com apoio de entidades executoras e parceiras do projeto e assessorado pelos técnicos facilitadores e extencionistas. O plano inclui prioridades definidas pelos moradores da microbacia ou comunidade indígena e representa os mais diversos problemas, necessidades e potencialidades da região.
Técnico Facilitador
Escolhido pelos moradores da microbacia ou comunidade indígena, tem a responsabilidade de executar serviços de apoio e elaboração, gestão e implementação do Plano de desenvolvimento. Estes são extensionistas rurais, de nível superior ou médio, vinculados diretamente ADMs.
Recursos
O Microbacias 2 é financiado pelo Banco Mundial e pelo Governo do Estado de Santa Catarina, que arca com 49% dos recursos. A organização comunitária possibilita ainda a busca de outras fontes para contemplar as necessidades contidas no Plano de Desenvolvimento das Microbacias.
Executoras do Microbacias
O projeto é do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural e executado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (Fatma)e Polícia Militar Ambiental. Todo trabalho é desenvolvido em parceria com órgãos públicos, empresas privadas, prefeituras, sindicatos, cooperativas, universidades e organizações não governamentais.
Assessoria AMEOSC
imprensa@ameosc.org.br
Fonte: Sec. Estado de Des Reg São Miguel do Oeste