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A Associação dos Municípios do Extremo-Oeste de Santa Catarina (AMEOSC), lançou na tarde desta segunda-feira (6), o projeto Plantando Água, no Centro de Treinamento da Epagri de São Miguel do Oeste. Participaram do evento prefeitos e secretários dos municípios associados à entidade, além de lideranças locais e regionais envolvidas com o setor do meio ambiente e representantes de cooperativas.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Ameosc, o Colegiado Regional de Agricultura e Meio Ambiente e o Colegiado Regional de Educação da Associação, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e o Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de São Miguel do Oeste.
Na oportunidade, foram realizadas duas palestras, com o professor do IFSC, Alcione Miotto, que abordou o assunto “Como o poder público pode ajudar na conservação do solo”, dando ênfase nas técnicas e necessidades do solo regional para uma boa produtividade e o papel do poder público. Em seguida, o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Epagri, Clístenes Guadagnin, abordou o assunto “Como o poder público pode ajudar na conservação da água”, debatendo a importância de conservação das nascentes e captação correta da água.
Conforme o secretário executivo da AMEOSC, Airton Fontana, foi um grande evento, que contou com a participação de lideranças importantes para o assunto. “Tivemos cerca de 80 lideranças importantes, além dos municípios, que são importantes para o projeto. São ações que diminuem o impacto no meio ambiente, conservando o solo e principalmente a água, mesmo em meio as intempéries. Precisamos nos conscientizar e realizar esse trabalho não só com o meio rural, mas também na cidade. Foi um evento muito positivo e que com certeza com o auxílio das entidades vamos atingir os objetivos”, destaca.
O presidente da Ameosc e prefeito de Anchieta, Ivan Canci, conduziu os trabalhos durante a tarde. Ele explica que cada município fará a sua parte de mobilização e conscientização do projeto e que mais lideranças e entidades serão convidadas para unir forças no desenvolvimento. “Foi um evento que é fruto da primeira etapa do trabalho, que é a construção de um projeto regional que tem o foco no meio ambiente em geral, mas possui três diretrizes: a parte de mata ciliar, plantando 1 milhão de árvores, a parte de estradas rurais para evitar que o solo vá para os rios, a parte de lavoura, que também visa evitar que o solo das lavouras vá para os rios e que a água infiltre na lavoura. Foi um evento representativo, onde conseguimos unir diversas lideranças e pretendemos reunir ainda demais entidades que não estiveram presentes para somar e fazer o que pode ser feito. Se cada um fizer o que pode fazer, a gente faz até o impossível. É uma ação de longo prazo, mas temos condições de realizar”, finaliza.
O PROJETO
O setor agropecuário é responsável maior uso de água no Brasil e no mundo e há um aumento crescente na demanda associada a esse uso nas últimas décadas. Sendo assim, o objetivo principal do projeto “Plantando Água” é mobilizar os mais diversos atores sociais, econômicos e ambientais da região da Ameosc, com o intuito de desenvolver a cidadania ambiental nos 19 municípios de abrangência.
Para tanto, serão realizadas por meio do projeto ações municipais e intermunicipais para a sensibilização e mobilização da sociedade, além da criação de condições para que nos municípios da Ameosc sejam plantadas e/ou regeneradas pelo menos 1 milhão de mudas de árvores de espécies nativas ao longo de margens ciliares de mananciais hídricos e em outros espaços definidos por cada município ou instituição participante.
Ainda, através da iniciativa, estão previstas práticas conservacionistas de uso e manejo dos solos e da água na agropecuária regional, além da construção – ao longo de 400 km de estradas rurais – de tanques de decantação e infiltração, para que a água da chuva se acumule nestes locais, infiltrem e evitem o transporte de solo para o leito dos rios.