A queda dos índices pluviométricos durante a primavera vem preocupando o setor da agricultura da região Extremo Oeste. Na manhã desta terça-feira (27), o Colegiado da Agricultura da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) se reuniu virtualmente com secretários dos municípios abrangidos, técnicos da Defesa Civil, o pesquisador da área de hidrologia da Epagri Ciram, Guilherme Miranda Júnior, o coordenador da Sala de Situação, o meteorologista Clóvis Correia e o coordenador regional da Defesa Civil, Sidinei Desordi.
Além do diagnóstico dos índices de chuva dos últimos meses na região, os participantes ainda discutiram sobre as previsões para os próximos meses. Segundo os pesquisadores, há um déficit de precipitação pluviométrica de de 580 milímetros no período de junho de 2019 até outubro deste ano.
No entanto, as previsões para os próximos três meses não são animadoras e os índices devem permanecer abaixo da média. Os pesquisadores explicam que a condição do tempo se deve ao fenômeno La Niña, o qual consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. A ocorrência do fenômeno gera uma série de mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura em todo o planeta. No caso da região, o baixo volume de chuva se dá porque o La Niña interfere no volume das correntes de vento úmidos oriundos da Floresta Amazônica para o Extremo Oeste.
A orientação da Defesa Civil para o setor da agricultura dos municípios é fazer um replanejamento das atividades, além da reorganização do sistema de disponibilidade de água. A probabilidade, segundo os especialistas, é de que períodos de estiagem ocorram com maior frequência e em períodos atípicos, como é o caso desta primavera na região.