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SUS pode ter ações obrigatórias que garantam o crescimento saudável de crianças

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Uma proposta que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a promover ações que garantam o crescimento e o desenvolvimento saudáveis das crianças foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. O texto do Projeto de Lei 6.687/2009 e para os apensados 5.501/2013 e 6.183/2013, todos do Senado, foram incluídos no parecer que recebeu aprovação. 

O projeto tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo, e será analisado pela Constituição e Justiça e de Cidadania. Ele modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei 8.069/1990, e o Estatuto da Primeira Infância, previsto na Lei 13.257/2016, para incluir 15 itens que o SUS deverá levar em consideração em suas intervenções. São eles: 

1 – estado nutricional;

2 – história alimentar;

3 – curva de crescimento;

4 – estado vacinal;

5 – desenvolvimento neuropsicomotor;

6 – desempenho escolar e cuidados dispensados pela escola;

7 – padrão de atividade física;

8 – acuidade visual;

9 – condições do meio ambiente;

10 – cuidados domiciliares;

11 – desenvolvimento sexual;

12 – qualidade e quantidade do sono;

13 – função auditiva;

14 – saúde bucal;

15 – outros parâmetros de saúde e desenvolvimento.

O relatório deliberado pela Comissão torna obrigatória a aplicação de protocolo que utilize indicadores de risco para o desenvolvimento psíquico em crianças nos seus primeiros 18 meses de vida. Também obriga o SUS a executar ações voltadas à alimentação saudável de crianças e adolescentes, com objetivo de reduzir o consumo de alimentos gordurosos ou com elevada quantidade de sódio, açúcar e corantes, e também diminuir o consumo de bebidas de baixo valor nutricional.

Ações
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que, no último ano, a União só investiu na subfunção de Alimentação e Nutrição o que corresponde a 0,03% do total em ações e serviços de saúde, associado a 17% de investimentos na Atenção Básica. Conforme esclarece a área de Saúde da entidade, juntas essas dois segmentos desenvolvem ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, refletindo diretamente na saúde das crianças. 

Diante da importância do projeto, a entidade lembra que não existe recursos suficientes voltados as ações de alimentação e nutrição e de estratégias gerais de saúde. A inclusão de metas para a promoção de práticas alimentares saudáveis para crescimento e desenvolvimento das crianças só será possível quando ocorrer a qualificação das gestões e o aumento dos investimentos financeiros. 

Fonte: Agência CNM