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Reunião do Colegiado de Agricultura Entidades Sindicais Epagri Regional e Presidente da Ameosc

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O colegiado dos Secretários Municipais da Agricultura dos 19 (dezenove) municípios da região de abrangência da Ameosc, representada por um comissão de secretários, Presidente da Ameosc, Prefeito Enoi Sherer, com participação do Coordenador regional da Epagri, Jonas Ramon, representantes de entidades sindicais, após reunião nesta tarde, dia 02 de março, no auditório da Ameosc, aprovaram documento que será enviado ao Governo do Estado e Governo Federal, que solicita apoio para viabilizar a atividade agropecuária, especialmente a atividade do leite que se não bastasse a queda dos preços por conta da adulteração do produto que algumas pessoas realizaram, com o bloqueio da Greve dos caminhoneiros a situação está insustentável.
O documento que vai ser enviado as autoridades destaca as perdas e prejuízos que os agricultores estão enfrentando e aponta as conseqüências para o comércio e nos municípios com a queda do movimento econômico e poder de compra e ate mesmo honrar com os compromissos financeiros.

Considerando informações do Sindicarne (sindicato das indústrias de carnes e derivados de SC), pelo menos dez frigoríficos estão parados, outros tem produção parcial e alguns devem parar se a greve persistir, além de oito unidades da JBS (inclusive a de São Miguel do Oeste), as unidades da aurora de São Miguel do Oeste, Maravilha, Quilombo, Joaçaba e as duas de Chapecó estão paradas. A indústria deixa de abater 17 mil suínos e 900 mil frangos por dia e dos 23 mil funcionários, apenas três mil estão trabalhando;
Considerando que a Unidade Aurora de São Miguel do Oeste que está parada desde terça-feira, deixa de abater 1,9 mil suínos por dia, industrializando 110 toneladas, além de 50 toneladas de cortes congelados por dia, uma vez que conta com 160 toneladas de carcaça estocada e mais 200 toneladas de produtos industrializados em caminhões que estão no pátio da empresa.
Considerando segundo dados da regional da Epagri, a região da Ameosc nos 19 municípios com uma produção mensal de 45 milhões de litros de leite com a queda média no preço do leite por conta da chamada adulteração do leite, foi de R$ 0,26 (R$ 0,98 para R$ 0,72) as perdas que os produtores tem por mês é de R$ 11.700.000,00, que somadas aos 5 (cinco) meses de queda dos preços do litro de leite, os produtores já perderam mais de 50 milhões de reais.
Considerando que na região segundo dados da epagri regional coletados junto aos municípios, existem 16 empresas que recolhem leite nos 19 municípios da ameosc, com a paralisação dos caminhoneiros, apenas 5 (cinco) empresas estão recebendo leite, com isto dos 3.217.000 litros de leite diário que eram recolhido diariamente, apenas 140 mil estão sendo comprados por estas laticínios, uma queda de 95,37%, um prejuízo se multiplicado os 3.068.000 litros de leite a R$ 0,72 ao litro de leite, de R$ 2.208.960,00 diariamente, que ainda multiplicados aos dias de paralisação(14 dias) até esta data de um prejuízo de mais R$ 30 milhões de reais, que somadas as perdas com a queda do preço do produto por conta das adulterações que alguns transportadores e empresas realizaram, as perdas dos produtores de leite nos municípios da Ameosc são de mais de R$ 80 milhões de reais até a presente data;
Diante deste quadro, o colegiado dos Secretários Municipais de Agricultura, solicita que o Governo Federal e Estadual apoie e crie políticas de fomento e viabilização da atividade, entre elas fortalecer a imagem do produto do leite para que se restabeleça a imagem de boa qualidade que o leite catarinense sempre teve.
Da mesma forma solicita que o Movimento dos Caminhoneiros não bloqueie os caminhões que queiram circular nas estradas, permitindo assim que os alimentos cheguem nas propriedades, e da mesma forma os produtos sejam escoadas para a indústria e comercio, com destaque ao leite, uma vez que os prejuízos estão aumentando e a situação dos agricultores está ficando insuportável.
A Ameosc apóia o movimento dos caminhoneiros, desde que não interfira na viabilização da atividade agrícola e no direito do cidadão, destaca o Presidente da Ameosc, Prefeito Enoí.

ENOÍ SCHERER
Presidente da Ameosc

ANDRÉ SOTT
Secretário da Agricultura de Mondaí
E Coordenador do Colegiado